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É necessária mais ambição por parte dos Estados-Membros da UE para alcançar o objetivo comum de energias renováveis

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Notícias Publicado 2019-02-13 Modificado pela última vez 2019-03-08
3 min read
Photo: © Tim Laws, WaterPIX /EEA
A quota das fontes de energia renováveis no consumo energético da União Europeia (UE) duplicou desde 2005, mas este crescimento tem vindo a abrandar nos últimos anos, em especial devido ao aumento do consumo de energia e à falta de progressos no setor dos transportes. O novo relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) revela que os Estados-Membros da UE necessitam de intensificar os seus esforços para atingir o objetivo de 2020 em matéria de energias renováveis.

O relatório da AEA intitulado «Renewable energy in Europe  — 2018» [Energias renováveis na Europa — 2018] descreve os progressos na implantação de fontes de energia renováveis na UE, com base em dados oficiais relativos a 2016 e estimativas preliminares da AEA para 2017.

O relatório mostra que a quota de energias renováveis no consumo final de energia na UE aumentou de 16,7 % em 2015 para 17,0 % em 2016 e para um valor estimado de 17,4 % em 2017. Embora a UE continue no bom caminho para alcançar o seu objetivo de uma quota de 20 % de utilização de energias renováveis no consumo final bruto de energia no horizonte de 2020, os recentes aumentos no consumo final de energia em alguns Estados-Membros estão a abrandar o ritmo de crescimento da quota de energias renováveis na UE.

A fim de alcançar o objetivo fixado para 2030, os Estados-Membros da UE devem aumentar coletivamente a quota de fontes de energia renováveis para, pelo menos, 32 % do consumo final bruto de energia. O relatório da AEA revela que, presentemente, a utilização de energias renováveis por cada um dos Estados-Membros apresenta grandes variações, desde mais de 30 % do consumo final bruto de energia na Áustria, Dinamarca, Finlândia, Letónia e Suécia até menos de 9 % na Bélgica, Luxemburgo, Malta e Países Baixos,

Outras conclusões principais

Em 2017, 85 % do conjunto das novas capacidades de produção de eletricidade instaladas na UE eram de origem renovável, com a energia eólica e solar fotovoltaica a representarem três quartos das novas capacidades de produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis. Um terço do consumo total de eletricidade na UE em 2016 e 2017 foi proveniente de fontes renováveis.

O setor do aquecimento/refrigeração continua a ser o setor do mercado dominante para as energias renováveis na UE, com cerca de 19 % de quota de energias renováveis em 2016 e 2017. O setor dos transportes regista um enorme atraso com apenas 7 % de quota de utilização de energias renováveis nos mesmos anos. A maior parte de energia renovável utilizada para os transportes é proveniente dos biocombustíveis. Apenas os biocombustíveis certificados como cumprindo os critérios de sustentabilidade nos termos da Diretiva Energias Renováveis podem ser contabilizados para estes objetivos.

Segundo o relatório, a UE continua a ser o líder mundial em capacidade de produção de eletricidade produzida a partir de fontes renováveisper capita, mas a China está agora a investir mais em nova capacidade. A quota de postos de trabalho relacionados com energias renováveis na população ativa está também a progredir mais rapidamente no Brasil e na China do que na UE.

A utilização crescente de energias renováveis permitiu à UE reduzir a sua procura de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa conexas. De acordo com a análise da AEA, as emissões totais de gases com efeito de estufa da UE teriam sido cerca de 9 % superiores em 2016 e 10 % superiores em 2017, se a utilização crescente de energias renováveis desde 2005 não tivesse substituído 11 % do consumo interno bruto de combustíveis fósseis durante este período.

Os relatórios «Energias renováveis na Europa» complementam a avaliação anual da AEA dos progressos feitos relativamente aos objetivos em matéria de clima e energia da UE na publicação Tendências e projeções na Europa 2018.

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