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O nosso relatório confirma que os esforços dos Estados-Membros ao longo dos últimos 40 anos deram bom resultado, principalmente no tratamento de águas residuais. Hoje, quase todos os Europeus beneficiam de uma excelente qualidade das águas balneares. No entanto, este é apenas um dos aspetos em que temos de trabalhar para conseguirmos mares, lagos e rios mais saudáveis, que vão da resolução do problema da poluição por plásticos à proteção da vida marinha
Hans Bruyninckx, Diretor Executivo da EEA
Uma percentagem avassaladora (95,4 %) das 21 831 zonas balneares monitorizadas nos 28 Estados-Membros satisfaz os requisitos mínimos de qualidade ao abrigo das regras da UE, segundo o relatório do presente ano, publicado pela Comissão Europeia e pela Agência Europeia do Ambiente (EEA). 300 zonas balneares monitorizadas na Albânia e na Suíça foram também incluídas no relatório.
A percentagem de zonas balneares que satisfazem as mais rigorosas normas de qualidade «excelente» subiu ligeiramente de 85,0 % em 2017 para 85,1 % no ano passado. De 2017 para 2018, a percentagem daquelas que satisfizeram os requisitos mínimos de qualidade «suficiente» caiu de 96 % para 95,4 %. Esta pequena descida deve-se à abertura de novas zonas balneares nas quais ainda não está disponível o conjunto de dados de quatro épocas balneares requerido pela Diretiva para a classificação. Em 2018, 301 zonas balneares na UE, Albânia e Suíça (1,3 % do total) foram classificadas como tendo qualidade da água «medíocre». Este valor é ligeiramente inferior ao verificado em 2017 (1,4 %).
O Comissário responsável pelo Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, afirmou: «Como demonstrou o Dia Mundial do Ambiente, ontem assinalado, enfrentamos muitos desafios.Mas também é bom celebrarmos as histórias de sucesso ambiental da União Europeia. A qualidade das zonas balneares europeias é uma dessas histórias e todos compreendemos a sua importância. Através da realização adequada de análises, comunicação de resultados, monitorização e partilha de conhecimento, continuaremos a melhorar a qualidade dos nossos locais favoritos para a prática balnear. O nosso mais recente Reexame da Aplicação da Política Ambiental vai ajudar os Estados-Membros a aprenderem mutuamente como podem atingir e manter os excelentes resultados que conseguimos alcançar ao longo do meu mandato. Felicitei a EEA pelo seu papel na melhoria da qualidade e também por prestar esta informação de uma forma regular e confiável. Esta confiança permite-nos a todos fazer escolhas claras quando dermos um mergulho neste verão.
Hans Bruyninckx, Diretor Executivo da EEA, declarou: «O nosso relatório confirma que os esforços dos Estados-Membros ao longo dos últimos 40 anos deram bom resultado, principalmente no tratamento de águas residuais. Hoje, quase todos os Europeus beneficiam de uma excelente qualidade das águas balneares. No entanto, este é apenas um dos aspetos em que temos de trabalhar para conseguirmos mares, lagos e rios mais saudáveis, que vão da resolução do problema da poluição por plásticos à proteção da vida marinha.
Os requisitos das águas balneares estão previstos na Diretiva Águas Balneares. A aplicação das regras da diretiva ajudou a melhorar significativamente a qualidade das águas balneares na Europa nos últimos 40 anos. A monitorização e gestão efetivas introduzidas ao abrigo da diretiva, associados aos investimentos no tratamento de águas residuais urbanas, conduziram a uma redução drástica das águas residuais não tratadas ou parcialmente tratadas de origem urbana e industrial rejeitadas no meio hídrico. Ao abrigo das regras, as autoridades locais recolhem amostras de água durante a época balnear em zonas balneares oficialmente identificadas. As amostras são analisadas para dois tipos de bactérias indicadoras da presença de poluição proveniente das águas residuais ou da agropecuária.
A contaminação das águas por bactérias fecais continua a representar um risco para a saúde humana, especialmente se se verificar em zonas balneares. Nadar em praias ou lagos contaminados pode dar origem a doenças. As principais fontes de poluição são as águas residuais e as águas de drenagem provenientes das explorações e dos terrenos agrícolas. Este tipo de poluição aumenta em caso de chuvas fortes e de inundações devido às descargas de águas residuais e de águas de drenagem poluídas para os rios e mares.
Todos os Estados-Membros da UE, e também a Albânia e a Suíça, controlam a qualidade das suas zonas balneares de acordo com as disposições da Diretiva Águas Balneares. A avaliação da qualidade das águas balneares ao abrigo da Diretiva Águas Balneares utiliza os valores de dois parâmetros microbiológicos: Enterococos intestinais eEscherichia coli. A qualidade da água é classificada como «excelente», «boa», «suficiente» ou «medíocre», em função dos níveis de bactérias fecais detetadas. Caso as águas balneares obtenham a classificação «medíocre», os Estados-Membros devem tomar medidas como a proibição ou o desaconselhamento da prática balnear, prestar informação ao público e adotar as medidas corretivas adequadas.
Mais informações
Relatórios nacionais
Mapa interativo sobre o desempenho de cada zona balnear
Qualidade das águas balneares
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