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Transportes europeus mais “verdes”? Sim e não.

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Press Release Publicado 2010-04-20 Modificado pela última vez 2016-06-03
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Apesar de os avanços tecnológicos gerarem veículos mais limpos, há cada vez mais passageiros e mercadorias a percorrerem distâncias maiores, o que anula os ganhos realizados em termos de eficiência. Com base na análise de tendências a longo prazo, o novo relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) exige uma perspectiva clara que defina o sistema europeu de transportes até 2050 e políticas consistentes para o implementar.

Na data do seu décimo aniversário, o relatório TERM da AEA apresenta um resumo do impacte dos transportes no ambiente com base na análise de 40 indicadores com relevância para as políticas. Os resultados do relatório no período de 1997-2007 fornecem um panorama contraditório, com algumas melhorias nos poluentes atmosféricos, mas preocupações graves relacionadas com o crescimento contínuo das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) dos transportes.

"Nos últimos dez anos, concentrámo-nos nas medidas para reforçar a mobilidade, dissociando as emissões dos transportes do crescimento económico. Hoje, vemos que o investimento alargado em infra-estruturas de transporte nos permite percorrer distâncias maiores para satisfazer as nossas necessidades diárias, mas não conduziu a uma redução do tempo de exposição ao ruído, aos congestionamentos e à poluição atmosférica", afirma a Professora Jacqueline McGlade, Directora Executiva da AEA. "No futuro, temos de nos debruçar não só sobre o meio de transporte, mas também sobre as razões pelas quais as pessoas optam por se deslocar, dado que, em última instância, a mobilidade está intrinsecamente ligada à nossa qualidade de vida."

Os transportes, incluindo a aviação internacional e os transportes marítimos, são responsáveis por cerca de um quarto das emissões de GEE na UE. Ao contrário do que acontece noutros sectores, o impacto dos transportes no ambiente continua a estar intimamente ligado ao crescimento económico.

Tendências e resultados

  • O transporte de mercadorias tem tendência a apresentar um crescimento ligeiramente maior do que o da economia, com o transporte rodoviário e aéreo de mercadorias a apresentar os maiores aumentos na UE a 27 (43% e 25%, respectivamente, entre 1997 e 2007). A quota do transporte ferroviário e do transporte por vias de navegação interior no volume total das mercadorias diminuiu durante esse período.
  • O actual abrandamento económico reduziu o volume dos transportes, mas espera-se que o transporte retome o seu crescimento assim que a economia comece novamente a crescer.
  • O transporte de passageiros continuou a crescer, mas a um ritmo inferior ao do crescimento económico. O transporte aéreo dentro da UE continua a ser o sector com maior crescimento com um aumento de 48% entre 1997 e 2007. O automóvel continua a ser o meio de transporte dominante, sendo as viagens de automóvel responsáveis por 72% de todos os quilómetros percorridos pelos passageiros na UE a 27.
  • Nos países do EEE, a emissão de gases com efeito de estufa dos transportes (excluindo a aviação internacional e o transporte marítimo) aumentou 28% entre 1990 e 2007, representando agora 19% das emissões totais.
  • Não obstante as recentes reduções das emissões de poluentes atmosféricos, o transporte rodoviário foi o maior emissor de óxidos de azoto e o segundo maior contribuidor de poluentes que formam partículas em suspensão, em 2007.
  • Entre 32 países do EEE, apenas a Alemanha e a Suécia estão no caminho certo para cumprirem os seus objectivos de 2010 em matéria de uso de biocombustíveis.
  • A circulação rodoviária é de longe a maior fonte de exposição ao ruído dos transportes. O número de pessoas expostas a níveis de ruído capazes de provocar danos, em especial à noite, deverá aumentar, a não ser que sejam desenvolvidas e aplicadas na totalidade políticas relativas ao ruído.

Nota ao editor

Antecedentes do relatório

O relatório “Em direcção a um sistema de transportes eficiente” é a publicação anual do TERM (Transport and Environment Reporting Mechanism) da AEA, que monitoriza os progressos e a eficácia das iniciativas destinadas a integrar os transportes nas estratégias ambientais.

Os relatórios do TERM são publicados desde 2000 e disponibilizam informação importante que poderá ajudar no desenvolvimento das políticas da UE. O relatório pretende abranger todos os países membros da AEA.

Sobre a Agência Europeia do Ambiente (AEA)

A AEA está sediada em Copenhaga. A AEA tem por objectivo contribuir para uma melhoria significativa e mensurável do ambiente na Europa, fornecendo aos decisores políticos e ao público em geral informação actualizada, específica, pertinente e fidedigna.

Países membros da AEA: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, República Eslovaca, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido.

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