seguinte
anterior
itens

Sobre ambiente e saúde

Página Modificado pela última vez 2016-09-08
This page was archived on 2016-09-08 with reason: Content is outdated
Um ambiente limpo é essencial para a saúde e bem-estar das pessoas. No entanto, as interacções entre a saúde humana e o ambiente são muito complexas e difíceis de avaliar, o que torna a utilização do princípio de precaução especialmente útil. Os impactos na saúde mais conhecidos estão relacionados com a poluição atmosférica, a fraca qualidade da água e as condições sanitárias insuficientes. Pouco mais se sabe sobre os efeitos das substâncias químicas perigosas na saúde. O ruído é um problema de saúde e ambiental emergente. As alterações climáticas, a destruição da camada de ozono estratosférico, a perda de biodiversidade e a degradação dos solos também podem afectar a saúde humana.

Na Europa, as principais preocupações com a saúde associadas ao ambiente estão relacionadas com a poluição do ar em recintos abertos e fechados, a fraca qualidade da água, as fracas condições sanitárias e as substâncias químicas perigosas. Os efeitos associados para a saúde incluem doenças respiratórias e cardiovasculares, cancro, asma e alergias, bem como perturbações ao nível do sistema reprodutivo e do desenvolvimento neurológico.

As partículas finas em suspensão e o ozono troposférico são as principais ameaças para a saúde humana decorrentes da poluição atmosférica. O programa Ar Limpo para a Europa (CAFE) da UE estima um total de 348 000 mortes prematuras por ano devido à exposição a partículas finas em suspensão (PM2.5). A este nível de exposição, a esperança média de vida é reduzida em cerca de um ano.

O Livro Verde da UE sobre a exposição ao ruído refere que cerca de 20 % da população da União Europeia é afectada por níveis de ruído que os peritos de saúde consideram inaceitáveis, ou seja, que podem causar incómodo, perturbação do sono e efeitos prejudiciais para a saúde.

Os transportes, em especial nas zonas urbanas, são um dos principais factores que contribuem para a exposição humana à poluição atmosférica e ao ruído.

Pouco mais se sabe sobre os efeitos das substâncias químicas na saúde. Existe uma preocupação crescente quanto aos efeitos da exposição a misturas de substâncias químicas a níveis reduzidos e durante períodos prolongados ao longo da nossa existência, em especial, durante a gravidez e os primeiros anos da infância.

As substâncias químicas persistentes com efeitos a longo prazo, como os policlorobifenilos (PCB) e os clorofluorocarbonetos (CFC), bem como as utilizadas em estruturas de longa duração — por exemplo, materiais de construção — podem apresentar riscos mesmo depois da sua produção ter sido gradualmente eliminada.

Muitos poluentes que afectam a saúde humana estão gradualmente a ser objecto de controlo regulamentar. No entanto, existem problemas emergentes para os quais pouco se sabe em matéria de vias de transferência para o ambiente e efeitos na saúde, como, por exemplo, os campos electromagnéticos (EMF), os produtos farmacêuticos no ambiente e algumas doenças infecciosas (cuja disseminação pode ser influenciada pelas alterações climáticas). O desenvolvimento de sistemas de "alerta rápido" deve ser incentivado, a fim de reduzir o tempo de resposta entre a detecção de um potencial perigo e uma intervenção ou acção pelas autoridades competentes.

A saúde humana foi sempre ameaçada por fenómenos naturais, tais como tempestades, inundações, incêndios, desabamentos de terras e secas. As consequências desses fenómenos estão a ser agravadas pela falta de prevenção e pelo resultado da actividade humana como, por exemplo, a desflorestação, pelas alterações climáticas e pela perda de biodiversidade.

Permalinks

Topics

Ações do documento